Passou o dia de São Valentim sem que tivesse tempo de escrever qualquer coisa sobre o tema... bem, mais vale tarde que nunca, não será sobre o dia mas, sobre o amor.
Muitas vezes...
Muitas vezes não consigo deixar de pensar que vivo na época errada, gostava de viver numa época onde por amor se edificam taj mahal(s) ou obtêm cognomes. Hoje o amor é imediato, facilmente se dizem as palavras todas, usamo-las como catalizadores ou como contratos.
Assisti há algum tempo a uma apresentação sobre marketing onde um orador muito dotado usava a palavra amor para cativar a audiência... dizia a dada altura – depois de já ter usado n outras técnicas de sedução – "Temos de assumir o que sentimos! Dizer Amo-te, Dizer Amor, Não é vergonha nenhuma!" Não consegui deixar de discordar! Realmente não é vergonha - pelo contrario - é algo que deverá exaltado, cantado e sofrido. Mas, hoje em dia, tão depressa se declara o amor e tão facilmente se diz "Amo-te" a alguem que dentro de meses deixará de representar qualquer coisa... Diz-se amo numa qualquer aventura que acabará facilmente e que será assumida como "aventura sem significado" pouco tempo depois...
O amor pode acabar mas as pessoas que algum dia amámos farão sempre parte de nós e das nossas memorias... Podemo-nos apaixonar milhares de vezes mas amar somente algumas e isso será sempre algo que nunca se esquecerá...
Muitas vezes penso que para amar ter-se-á de amar indubitavelmente...
Outras vezes...
Outras vezes penso que se calhar estou enganado e deveríamos amar (dizer) sempre! A cada beijo, a cada amante, a cada aventura ou paixão mesmo que acabe já amanhã! No fundo, são as grandes paixões que têm as melhores hipóteses de se tornarem eternos amores pois, a paixão é somente um estratagema montado pela natureza para podermos, mais tarde, ter a oportunidade de amar.
Outras vezes ainda...
Outra vezes penso: "Love is for poets!"
1 comentário:
ai o amor, o amor...
é para quem quiser, embora os poetas o consigam expressar muito bem :-)
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