25 maio 2008

Pôr do Sol


(O Pôr do sol em Lisboa sobre o tejo. ...este é o domínio das minhas memorias e da minha infância.)

É difícil ficar indiferente a um por do sol assim! Conduz-nos à introspecção lembrando-nos por instantes que o presente é só uma fracção de segundo e que não passamos de involuntários viajantes na 4ª dimensão.

Reflito sempre sobre o passado, futuro e sobre o infinito de que faço parte. O pôr do Sol marca o fim de mais um dia e obriga-me a ponderar sobre a inevitabilidade do futuro e sobre da imutabilidade do passado... ...chego sempre, como conclusão, à eternidade que somente pode ser encontrada no breve presente, a mesma que subsiste quando deixamos de ter passado e futuro, memorias, sonhos e duvidas e nos dedicamos apaixonadamente à imortalização do "nanosegundo" presente...

Acabo sempre por me esquecer do passado e de deixar de sonhar com o futuro para me deliciar com presente. O tantra diz-nos que este acto de tornar eterno o presente é o segredo, o Santo Gral dos amantes e da “felicidade”. O passado e o futuro são como ancoras que nos prendem aos portos da infelicidade mortal, Soltemos então amarras para que possamos partir à descoberta da eternidade que se encontra em cada milésimo do tempo presente!

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